O traçado proposto pelo Governo de Minas para o Rodoanel Metropolitano é criticado pelo pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Rogério Correia (PT). Em sabatina no Central 98 1ª Edição nesta sexta-feira, o deputado federal afirmou que irá propor, caso eleito, um novo percurso para a rodovia.
Na visão de Rogério Correia, o Rodoanel Metropolitano não é a solução para o trânsito no Anel Rodoviário. "O governador Zema tem falado muito neste rodoanel em torno da cidade como obra prioritária, com o recurso do crime da Vale em Brumadinho. Eu acho que esse recurso deveria, em primeiro lugar, vir para o nosso Anel Rodoviário. Fazer a duplicação dele, melhorar o trânsito, e discutir esse novo rodoanel em um novo trajeto. Belo Horizonte não quer o trajeto do Zema. Contagem não quer e Betim não quer. São prefeituras de partidos diferentes. Esse trajeto é bom para as mineradoras que estão no entorno. E não para melhorar o trânsito", afirmou.
Relação com Zema
Crítico ao governador Romeu Zema (Novo), Rogério Correia afirmou que terá uma relação institucional com o chefe do Executivo Estadual. Porém, afirmou que "vai exigir respeito".
"[Terei] Uma relação institucional. O presidente Lula nos ensina. O presidente Lula tem relações institucionais com todos os governadores, o Zema às vezes não quer, aí é um problema. A gente vai exigir. Acho que Belo Horizonte merece o respeito. É a capital do nosso estado, uma cidade importante. Então, nós vamos ter com o governador Zema uma ação institucional, de respeito, mas vamos exigir respeito", comentou.
Negociação com Duda Salabert
Nessa quinta-feira, o PCB anunciou apoio à pré-candidatura de Rogério Correia. O partido se junta a outros quatro – PCdoB, PV, Psol e Rede – no campo da esquerda que já haviam declarado apoio ao petista na corrida pelo Executivo da capital mineira. Ainda há, em aberto, uma conversa do PT com o PDT para que Duda Salabert, que também é postulante à prefeitura, também apoie o deputado federal.
Porém, segundo Correia, ainda não há um acordo. "Se depender de mim, o esforço será para ter apenas uma candidatura já no primeiro turno. Temos conversado, tive conversa com a Duda junto com o também ministro Lupi, que é o presidente nacional do PDT, e também participou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Tivemos uma conversa boa em que nós iríamos avançar para verificar pesquisa, mas também, outros parâmetros. Nós temos aí um empate técnico, em um segundo bloco, que inclui eu e a Duda, disputando o segundo lugar", afirmou.
"Mas, acho que um parâmetro importante é quem consegue aglutinar uma militância na cidade e partidos políticos. E hoje, felizmente, nós estamos, na minha pré-candidatura, com seis partidos. Além disso, uma militância muito grande dos movimentos sociais. Nós temos também um bom tempo de televisão e boas inserções. Neste sentido, achamos que a minha candidatura acumula mais. Mas, temos que conversar com a Duda, que também tem os seus argumentos", finalizou.