Vereadores a favor e contra o projeto de lei 160/2021, que cria a Superintendência de Mobilidade (Sumob) e dá início ao processo de fechamento da BHTrans se manifestaram após votação do texto. A proposta foi aprovada por 30 votos a 9 em reunião extraordinária da Câmara dos Vereadores, nesta segunda-feira (27). O objetivo é que a empresa seja acoplada à Secretara de Planejamento Urbano.
O vereador Gabriel Azevedo (sem partido), autor da proposta, considerou que a votação foi um "momento histórico para o poder Legislativo de Belo Horizonte".
"Agora a mobilidade se acopla ao planejamento urbano porquê o trânsito é sobretudo fruto da ocupação do solo. Temos muito ainda para fazer mas celebro e agradeço a todos meus pares que me ajudaram nesse projeto", disse Azevedo.
O autor do PL informou que a proposta agora segue para o poder Executivo Municipal. "Já vou convocar uma reunião extraordinária para quarta-feira para aprovarmos a redação final e o Executivo recebe em seguida para promulgação e divulgação", concluiu.
Para o vereador Léo (PSL), que votou a favor do PL, a criação da superintendência vai encorpar o trabalho da BHTrans e melhorar o serviço feito pela empresa.
"A ideia é que a questão da mobilidade esteja ligado ao planejamento urbano", disse o vereador.
Já o vereador Pedro Patrus (PT), que foi contrário ao projeto, o problema não é a BHTrans, mas sim a "relação entre as empresas de ônibus e o executivo municipal". Ele disse que apoia a CPI mas é preciso mudanças na gestão do trânsito da cidade.
"Nos acreditamos que a questão da mobilidade na cidade de Belo Horizonte e as dificuldades que temos não é por causa da BHTrans, mas sim pela gestão. Acabar com a empresa na vai fazer diferença se não tiver um olhar diferente na questão da mobilidade", afirmou o vereador.