A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais está preocupada com a atual situação dos atendimentos no Hospital João XXIII após a equipe de servidores e os pacientes do bloco operatório do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) serem transferidos para lá. A mudança acontece após a interdição do bloco cirúrgico no Maria Amélia, que suspende cirurgias no local e realoca os atendimentos para o HJXXIII.
Para tratar do assunto e entender o cenário atual, na próxima segunda-feira (13) haverá uma reunião entre a Superintendência, o Sindicato dos Trabalhadores, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas (Fhemig) e funcionários dos dois hospitais. A ideia é avaliar o cenário e, após isso, pensar em alternativas se necessário.
Em contato com a equipe de reportagem da Rádio 98, o superintendente Carlos Alberto Menezes de Calazans confirmou a reunião e não descartou a possibilidade de realocar os pacientes que estão sendo atendidos no João XXIII para outra unidade da rede. Além disso, Carlos Alberto destacou que a Superintendência Regional já está ciente dos relatos de atrasos nas cirurgias.
"Recebemos essa informação, de tumultos no atendimento do João XXIII e sobrecarga no atendimento do hospital. Vamos conversar para entender o que está acontecendo e avaliar as possibilidades. (...) Sobrecarregar o João XXIII, um hospital de excelência, pode não ser a melhor alternativa", afirmou o superintendente.
Fhemig banca atendimento pleno, pacientes e funcionários relatam atrasos
Com a transferência de pacientes e funcionários do Hospital Maria Amélia Lins, o João XXIII terá um aumento de, pelo menos, 200 cirurgias por mês. Em nota, a Fhemig afirmou que o hospital tem condição de atender as demandas sem prejudicar os atendimentos.
"A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) reitera que o Hospital João XXIII, com oito salas em seu bloco cirúrgico, tem plena capacidade para atender casos de urgência, assim como os pacientes com cirurgias eletivas vindos do HMAL, e reforça que os usuários serão atendidos normalmente, sem prejuízo algum", disse a fundação, em nota.
Além disso, a fundação explica que o motivo da interdição da ala é que os equipamentos do bloco cirúrgico estão em manutenção. Por isso, todas as cirurgias estão sendo realizadas no HJXXIII, sendo executados pela própria equipe do HMAL.
No entanto, pacientes e funcionários tem relatado atrasos em atendimentos e uma possível superlotação no Hospital João XXIII. Na última quarta-feira (08), funcionários e pacientes fizeram um ato na porta do HMAL, para denunciar a interrupção de tratamentos e o cancelamento de cirurgias agendadas.