A volta às aulas para os alunos de 5 a 11 anos, em Belo Horizonte, foi adiada para o dia 14 de fevereiro devido ao avanço da variante ômicron da Covid-19. O retorno para as atividades presenciais estava previsto para o dia 3 do mês que vem. O anúncio foi feito pelo prefeito Alexandre Kalil nesta quarta-feira (26).
De acordo com Kalil, o sistema de saúde da capital está saturado. Ele afirmou que o número de crianças internadas com coronavirus aumentou.
“Essa nova variante está atingindo nossas crianças. O sistema saturou. Abrimos mais 4 leitos de enfermaria pediátrica e 10 de UTI. Vamos abrir ainda mais 35 de enfermaria”, disse o prefeito.
Kalil explicou que o objetivo do adiamento é dar mais tempo para mais crianças se vacinarem. Para os jovens de outras faixas etárias o calendário de volta às aulas está mantido.
“Temos que dar a chance de mais crianças serem vacinadas. Não comparem isso com jogos de futebol, teatro e etc. Estes locais são frequentados por adultos, vacinados e protegidos. Para as crianças nessa faixa etária o controle é muito mais difícil. Uma semana para dar tempo dos pais levarem seus filhos”, afirmou.
O prefeito reforçou o fato de que a vacina é segura e fez um apelo para que os pais ou responsáveis levem as crianças para receber a imunização.
“Uma dose da Pfizer ou da Coronavac em uma criança a protege em mais de 90%. As vacinas são absolutamente seguras. Ninguém é louco e irresponsável. Então, levem seus filhos para vacinar”, completou.
A PBH informou que a mudança na data de volta às aulas apenas para crianças de 5 a 11 anos se deu pelo fato de que ainda não há vacinas para jovens com idade inferior. O executivo alegou ainda que não será adotado nenhum “passaporte de vacina” para as crianças retornarem às escolas.