Na manhã desta terça-feira (14), o Cruzeiro anunciou Paulo Autuori, então diretor técnico do clube, como novo treinador da equipe para os últimos seis jogos do Campeonato Brasileiro. Hoje, o time celeste está na zona de rebaixamento, com 37 pontos e na 17ª colocação.
Além de apresentar o treinador, Pedro Martins, diretor de futebol do clube, explicou o porquê da contratação e a demissão de Zé Ricardo, que aconteceu após a derrota para o Coritiba.
“Falar sobre a saída do Zé também não é fácil para a gente. Quando a gente toma a decisão de trazê-lo, olhamos alguns aspectos metodológicos importantes, as idéias que estavam na mesa, e fizemos algumas conversas que nos deram um caminho para tomar uma decisão. E quando a gente decide trocar, a troca está muito mais atrelada ao comportamento da equipe do que necessariamente ao trabalho em si, ao dia a dia do Zé Ricardo e da sua comissão. Tivemos desempenhos que oscilaram, bons jogos, partidas em que a gente viu que a equipe estava evoluindo e outros nem tanto. Mas optamos por agir, agir pelo momento do clube na competição. Agir pela nossa insatisfação com relação à postura de jogadores e da equipe como um todo de maneira específica. E agir porque acreditamos que podemos fazer diferente”, explicou Pedro Martins.
Mesmo apresentando Paulo Autuori e explicando a saída de Zé Ricardo, Pedro Martins não escondeu o descontentamento com o momento do time e o planejamento atual, onde o clube está em seu quatro treinador na temporada.
“O ponto que eu quero passar e que sai como mensagem, é a nossa total falta de concordância e também desapontamento com a nossa quantidade de treinadores durante a temporada. De maneira alguma a gente projetou planejou esse Cruzeiro com quatro treinadores num único ano. De maneira alguma, a gente pensou num projeto desportivo ou construiu um projeto desportivo para que a gente culminasse e terminasse o mês de novembro dessa maneira. A gente vem refletindo muito, vem avaliando, trocando ideias para primeiro aprender com os nossos erros”, destacou Pedro, que acrescentou dizendo que é “humanamente impossível” resolver os problemas do Cruzeiro em uma temporada.
“E segundo, entender que é humanamente impossível resolver todos os problemas crônicos do Cruzeiro em tão pouco tempo. É humanamente impossível resolver todos os problemas crônicos do cruzeiro em apenas uma temporada e comprar todas as brigas que a gente acredita que são importantes e fundamentais para colocar esse cruzeiro de novo entre os principais clubes do Brasil. Talvez um dos grandes aprendizados dessa temporada é a gente entender que prioridades precisam ser estabelecidas. E que algumas brigas precisam ser colocadas à frente. E essa reflexão a gente quer fazer, inclusive com vocês, com a imprensa, com a torcida, ao final da temporada. para avaliar quais ajustes e quais mudanças a gente precisa fazer para o próximo ano”, detalhou.
Por fim, Pedro Martins ressaltou a confiança no trabalho até o final da temporada.
“Temos seis jogos. Seis jogos que vão decidir o nosso ano. E seis jogos que a gente acredita que, independente do resultado final, uma coisa é necessária e fundamental. Nós vamos enfrentar esses seis jogos com coragem. Nós vamos brigar até o final. E ali no final a gente vai fazer um balanço, uma reflexão importante do que foi todo esse ano”, finalizou Pedro Martins.