Porta-voz da Polícia Militar, o tenente-coronel Flávio Santiago reforçou que foi uma decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) manter a partida entre Cruzeiro e Palmeiras de portões fechados. O militar concedeu entrevista nesta quarta-feira (4/12) ao 98 FC e detalhou o imbróglio envolvendo o jogo de logo mais, no Mineirão.
“O poder decisório para o acontecimento do jogo é da CBF, tanto que qualquer situação que fosse contrária a isso, deveria ser judicializada”, explicou o tenente-coronel.
A CBF havia voltado atrás nessa terça-feira (3/12) e permitido a presença de torcida mista na partida. A confederação, porém, determinou portões fechados na manhã desta quarta-feira e alegou não ter sido respondida à tempo pela Polícia Militar e Ministério Público de Minas Gerais.
Flávio Santiago explica que a Polícia Militar apenas apontou que o melhor cenário para a partida era que ela fosse realizada apenas com a torcida mandante, tendo em vista o violento histórico de confrontos entre organizadas do Cruzeiro e do Palmeiras.
“Nós, desde o primeiro momento, nos colocamos desfavoráveis a um jogo de torcida mista, especificamente agora, valendo-se do último episódio. Mas nós temos a capacidade de fazer policiamento em qualquer cenário. Se fosse definido lá atrás que seria de torcida mista, já teríamos o policiamento próprio”, esclareceu.
Flávio Santiago também disse que a PM foi procurada pelo Cruzeiro solicitando apoio para a realização da partida com torcida única, mas reforçou que a corporação não tem o poder de tomar essa decisão.
“Nós tivemos um ofício do Cruzeiro solicitando que tivesse torcida única. Independente de pedido, para que seja avaliado, a responsabilidade do policiamento é nossa, mas não da decisão [de haver ou não o jogo com torcida [única]”, alegou.