O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), criticou o Palmeiras e garantiu que o Mineirão tem condições de segurança para receber o jogo entre Cruzeiro e o time paulista nesta quarta-feira (4/12). Por decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a partida será realizada de portões fechados.
Segundo Simões, a Polícia Militar consegue garantir a segurança dentro do estádio. O clima entre as duas torcidas está tenso desde a morte de um cruzeirense em uma emboscada entre torcidas organizadas dos times, há cerca de um mês, na rodovia Fernão Dias.
“Nós não temos nenhuma dúvida sobre as condições de segurança do Mineirão e a nossa polícia é absolutamente capaz de garantir a segurança dentro do estádio. Mas é importante a gente entender que não há nenhuma forma de se garantir a segurança de cada uma das pessoas que circulam na rua. A presença de palmeirenses que circulam avulsos em Belo Horizonte vai representar um risco para eles mesmos, considerando a situação das torcidas organizadas ao longo dos últimos tempos”, ponderou.
Ele também criticou o tom que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, usou ao se manifestar contra a realização da partida de portões fechados, e lamentou a decisão da CBF sobre a ausência de torcedores. O vice-governador garantiu que vai judicializar a questão para que os cruzeirenses possam ir ao estádio.
“Não admito o tom que está sendo utilizado pelo Palmeiras, dizendo que nós não garantimos a segurança no estádio. Mas, por outro lado, é inacreditável que a CBF pretenda ignorar o assassinato de um torcedor acontecido em uma estrada no interior de São Paulo há mais de um mes atrás”, completou o vice-governador.
Palmeiras questionou capacidade do governo de Minas
A fala de Mateus Simões foi uma reação sobre a manifestação da presidente do Palmeiras, Leila Ferreira, sobre a decisão da CBF de realizar a partida de portões fechados.
“Ainda no dia 19 de novembro, logo após o vice-governador de Minas Gerais defender publicamente a realização da partida da próxima quarta-feira com torcida única do Cruzeiro, o Palmeiras enviou ofício à CBF contestando a ideia e sugerindo que, em último caso, se verificada a incapacidade do governo mineiro de garantir a segurança dos palmeirenses no estádio, a entidade determinasse a alteração do local do jogo para uma cidade de outro estado”, diz a nota do Palmeiras.