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Imagem: Rafael Ribeiro / CBF

Hora e vez de Vitor Roque

Atuações de Richarlison desde a última Copa mostram que a seleção precisa de um novo 9 e futuro está nos pés do novo atacante do Barcelona


Vinícius Grissi

Esporte

Comentarista Esportivo


A animadora estreia da seleção brasileira de Fernando Diniz na última semana é digna apenas de elogios, ainda que seja preciso colocar na balança o peso da renovada seleção boliviana. Fluência, domínio, apetite, tudo que se imagina que o novo treinador poderia trazer para acrescentar ao (importante dizer) bom trabalho de Tite, já deixou amostras na primeira atuação. Mas entre os muitos acertos, a atuação de Richarlison chamou a atenção mais uma vez.

Desde a última Copa do Mundo, o camisa 9 da seleção brasileira não consegue jogar bem no Tottenham. E no último jogo, apesar do esforço claro dos companheiros, também não balançou as redes. Fernando Diniz dará mais uma chance no jogo de logo mais contra o Peru e é possível que Richarlison se recupere. O bom e rápido centroavante ainda não pode e nem deve ser descartado completamente. Mas a hora é de Vitor Roque.

Um dos principais jogadores em atividade no Brasil apesar de ter apenas 18 anos, já vendido ao Barcelona, tem histórico com a camisa amarela, vive grande fase e deveria ter mais minutos na seleção principal. É o presente e o futuro. Um atacante que tem tudo. Estrela, explosão física e uma incrível capacidade de finalização. Inexplicável ter ficado fora da lista de convocados para atuar "somente" pela seleção sub-23 de Ramon Menezes, que se prepara para o pré-olímpico.

Com Fernando Diniz, a seleção brasileira deve ser um time que ocupa o campo de ataque independentemente do adversário e que cria um bom número de oportunidades para os atacantes. E hoje, não há ninguém mais preparado para aproveitar estas chances que Vitor Roque. Ainda que existam outras opções. Além dos convocados Richarlison e Matheus Cunha, Arthur Cabral também já merecia ter tido oportunidades. Gabriel Jesus não pode jamais ser descartado na função. Pedro e Tiquinho Soares, atuando no Brasil, também podem ser experimentados pelo novo treinador. A safra é ótima embora não tenhamos nesse momento um centroavante brilhando na elite como nos tempos de Ronaldo, Adriano e cia.

Ainda é um início de um novo ciclo com uma seleção que já foi fartamente renovada nos últimos quatro anos. Com a incerteza sobre o futuro do time brasileiro no próximo ano, é natural que Diniz possa optar por se expor menos às novidades. Mas ser corajoso sempre foi a principal marca do treinador na carreira e não deve ser diferente neste estágio que pode (e deve) se tornar definitivo. Vitor Roque deveria ser a bola da vez. Deixa a Olimpíada pra depois.

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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