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Imagem: Bombeiros/Divulgação

Autoridades se reúnem para avaliar danos causados por piche de carreta acidentada na Via Expressa

Cerca de 27 toneladas de material asfáltico que estavam no veículo vazaram pelo córrego Sarandi e ameaçam atingir a Lagoa da Pampulha


Por Déborah Lima

O acidente que ocorreu com uma carreta na Via Expressa de Contagem na última quarta-feira (16) ainda tem mobilizado autoridades.

Na tarde desta segunda-feira (21) representantes das prefeituras de Contagem e Belo Horizonte (Defesa Civil, Secretaria de Meio Ambiente), da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e da Ambipar se reuniram para avaliar o acidente, definir as ações de rescaldo final, e instaurar processo de investigação para apurar os danos causados e o nível de gravidade.

De acordo com a Prefeitura de Contagem, foi instaurado um comitê com esses integrantes para avaliar posterior aplicação das medidas legais cabíveis, como notificações, multas e/ou medidas compensatórias, se necessário.

O encontro foi marcado para às 14h na sede da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte de Contagem (Transcon), mas acontece em sistema híbrido (parte presencial e parte on-line), para que os dirigentes e técnicos da empresa Indústria Nacional de Asfalto (empresa que realizava o transporte do material), localizada em Goiânia, participem.

Até a publicação desta matéria, a reunião ainda não havia terminado.

Desastre ambiental

A carreta acidentada estava carregada com cerca de 30 toneladas de material asfáltico. Na última sexta-feira (18), a Rede 98 mostrou que pelo menos 27 toneladas vazaram e o piche chegou a atingir o Córrego Sarandi, que deságua na Lagoa da Pampulha.

Nesta segunda-feira (21), em Contagem, ocorreu a limpeza de duas bocas de lobo que ficaram entupidas com o derrame do material. Foram retiradas cerca de 500 kg de material que será encaminhado ao aterro específico.

“Como foi utilizado hidrojato para limpeza, haverá monitoramento da primeira barreira (canal aberto) para averiguar se algum material foi carreado para o canal do córrego Sarandi”, informou a prefeitura.

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Defesa Civil ainda informaram que também foi “realizada inspeção técnica nos ramais/tubulação de drenagem pluvial que dão acesso ao canal do córrego Sarandi para avaliar danos e se ainda há resíduo de material”.

Segundo os órgãos, foi constatado cerca de 20% de obstrução da vazão total da tubulação. Como a Ambipar (empresa contratada para controlar os danos causados pelo acidente) não é especializada nesse tipo de limpeza, a Indústria Nacional de Asfalto S/A será notificada e deverá providenciar nova empresa para verificar o local e providenciar a desobstrução da galeria.

“A Prefeitura de Contagem reafirma o compromisso com o bem-estar da população, bem como com a proteção do meio ambiente e esclarece que, por meio dos técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Defesa Civil, continuará monitorando todas as ações e tomando as medidas necessárias para resolver a questão”, reforçou o Município.

Três barreiras foram implantadas para evitar o espalhamento do piche:

  • Ponto 0 - local do sinistro, em Contagem
  • Ponto 1 - debaixo do entroncamento das avenidas Otacílio Negrão de Lima e Atlântida
  • Ponto 2 - aproximadamente a 150 metros a jusante do Ponto 1, próximo ao Parque Ecológico José Lins do Rego, na Pampulha
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