O aumento das passagens de ônibus e até R$ 0,50, anunciado nesta sexta-feira (27.12) pela Prefeitura de Belo Horizonte, desagradou a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH), entidade que representa o varejo da capital.
Em áudio divulgado à imprensa, o presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, criticou o fato do reajuste ter sido anunciado às vésperas do fim do ano. “Nós solicitamos à Prefeitura que houvesse um aviso prévio de pelo menos trinta dias para que os comerciantes pudessem se adequar ao novo preço da passagem. Infelizmente isso não aconteceu e chegamos ao fim do ano sendo prejudicados por esses reajustes. Os lojistas da capital, que em sua maioria são de médio e pequeno porte, terão que arcar com esses custos que não estavam previstos”, afirmou.
Marcelo questionou, ainda, o impacto da alta das passagens no orçamento das famílias belorizontinas. “Estamos vivendo um cenário onde as famílias estão mais cautelosas em relação ao consumo em função do aumento dos preços de diversos produtos, inclusive os de cesta básica. Com esse novo aumento da passagem, o orçamento fica mais apertado e as pessoas tendem a reduzir o consumo. Isso prejudica o desempenho do comércio, que é o principal gerador de empregos da nossa cidade”, reitera.
Para o presidente da CDL/BH, a alta das tarifas pode prejudicar, ainda, o trânsito da capital mineira. “Com a passagem mais cara, mais pessoas tendem a adquirir um veículo próprio, em especial motocicletas. Isso prejudica demais o trânsito e aumenta o número de acidentes ", afirmou. “Por consequência, o gasto dos hospitais públicos com atendimento a essas vítimas também cresce”, completou.
Com o reajuste divulgado nesta sexta-feira, as linhas convencionais passam de R$ 5,25 para R$ 5,75. Já as linhas circulares passam de R$ 5,00 para R$ 5,50. Novas tarifas passam a valer em 1º de janeiro.