Cidades

  1. Notícias
  2. Cidades
  3. Cemig registra aumento de 92% de clientes prejudicados por pipas em junho
Imagem: Cemig/Divulgação

Cemig registra aumento de 92% de clientes prejudicados por pipas em junho

Levantamento da companhia revela aumento significativo no último mês


Por Agência Minas

Apenas em junho deste ano, 144 mil clientes tiveram o serviço interrompidos em função de ocorrências na rede elétrica relacionadas a pipas em Minas Gerais. Os dados foram divulgados pela Cemig.

O número revela um aumento de quase 92% em relação ao último levantamento da companhia, quando foi informado que mais de 150 mil consumidores haviam tido o fornecimento de energia prejudicado, entre janeiro e maio de 2024. Somando, somente no primeiro semestre deste ano, 300 mil consumidores foram afetados pela brincadeira, por conta de 1.070 ocorrências.

Apenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), houve um acréscimo de mais de 100 mil clientes sem energia elétrica em função das ocorrências em junho. Ao todo, foram mais de 181 mil consumidores afetados por pipas em 503 ocorrências.

Além dos problemas causados na rede elétrica, a brincadeira pode causar sérios acidentes. No início deste mês, um jovem de Ribeirão das Neves morreu ao tentar resgatar um papagaio da rede de média tensão e sofrer um choque elétrico. Por isso a Cemig alerta que em função do recesso escolar de julho, é importante alertar às crianças e adolescentes sobre os riscos de soltar pipas em locais que possuem rede elétrica.

De acordo com a Companhia, é importante destacar que, ao longo do ano, a Cemig realiza campanhas de segurança e conscientização sobre os riscos de se soltar pipas próximas das redes elétricas em escolas, entidades e veículos de comunicação.

Linhas cortantes são proibidas por lei

A lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena no estado. Essa legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019.

A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 5.279,70 a R$ 263 mil (em casos de reincidência). Já quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais serão notificados da autuação e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.

Além da legislação, engenheiro da Cemig alerta para o fato de que o uso do cerol pode transformar uma simples linha de papagaio em material condutor e provocar choque elétrico ao entrar em contato com a rede.

Além disso, muitas crianças amarram as pipas com arames e fios. “São materiais altamente condutores e que acabam sendo energizados quando tocam os cabos da rede de energia, causando o choque elétrico”, afirma.

As linhas cortantes também representam perigo para outras pessoas. “Quando alguém utiliza uma linha cortante, ela pode romper os cabos de energia e causar acidentes graves para quem está brincando ou com outras pessoas. Nunca se deve usar cerol ou linha chilena neste tipo de brincadeira”, alerta o especialista.

Colunistas

Carregando...


Saiba mais