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Imagem: Luiz Santana/Arquivo ALMG

Fechamento de mina na Serra do Curral levará à criação de novo corredor ecológico


Por Redação

Com Agência Brasil

Um acordo firmado na Justiça Federal pôs fim às atividades da Mina Granja Corumi, localizada na Serra do Curral, um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte, Minas Gerais. Com isso, a Empabra (Empresa de Mineração Pau Branco), responsável pelo empreendimento, fará a doação do terreno ao município, para que seja anexado ao Parque das Mangabeiras, após a recuperação da área.

As negociações foram concluídas na última quinta-feira (12) pela Justiça Federal em Belo Horizonte. Também foi acolhida a proposta do Ministério Público Federal, para que seja contratada uma auditoria independente que fiscalizará o fechamento da mina. E vai verificar o atendimento aos tratados ambientais e produzir relatórios a serem disponibilizados aos órgãos de fiscalização.

As tratativas também envolveram o Ministério Público de Minas Gerais, a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Instituto Guaicuy, uma entidade da sociedade civil que defende a preservação da bacia do Rio das Velhas e dos direitos das comunidades atingidas por barragens.

Mineração na mina Granja Corumi

A mina Granja Corumi existe desde a década de 1950. Com a Serra do Curral tombada como patrimônio de Belo Horizonte em 1990, as atividades no local foram reduzidas. Em 2007, a Empabra firmou compromisso com o Ministério Público de Minas Gerais para elaborar um plano de recuperação da área degradada.

As atividades da mineradora foram embargadas temporariamente pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em 2018. Na época, foram apresentados indícios de descumprimento parcial de um acordo vigente, o que foi contestado pela empresa.

Retirada de minério e combate a danos

Em outubro do ano passado, a Agência Nacional de Mineração permitiu a retirada de 800 mil toneladas de minério que já haviam sido beneficiados e estavam estocados no terreno da mina. A autorização foi concedida após a Empabra alegar que a manutenção do material já extraído no local poderia gerar novos danos.

Ao mesmo tempo em que deu a permissão, a ANM cobrou um plano para obras emergenciais, com o intuito de evitar deslizamentos, vazamentos e outros problemas no período chuvoso.

Em maio deste ano, a prefeitura de Belo Horizonte realizou uma fiscalização no local e determinou a interdição total da mina. A Empabra alegou que apenas deu continuidade a ações emergenciais com intuito de evitar acidentes no período chuvoso, seguindo o que foi acordado com a ANM.

Um Plano de Fechamento da Mina já havia sido apresentado pela empresa em abril deste ano. De acordo com a mineradora, o objetivo é transformar a área em um espaço público integrado ao Parque das Mangabeiras e ao Parque Estadual da Baleia. A Empabra alega, no entanto, que as paralisações das atividades, determinadas pelo poder público neste ano, dificultaram o avanço das ações de restauração.

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