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Imagem: Agência Brasil

Desastres climáticos somam R$ 11 bilhões em prejuízo para Minas Gerais

Perdas para todo país representaram R$ 127 bilhões de 2020 a 2023


Por Marcelle Fernandes

As consequências e os prejuízos dos eventos climáticos extremos estão ainda mais severos em Minas Gerais. Segundo um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), o estado foi o primeiro em número de eventos hidrológicos extremos, com o total de 1.573 ocorrências registradas e 21% do total de casos no Brasil, entre 2020 e 2023.

No período, foram registradas 1.573 ocorrências, cerca de 21% do total de casos no Brasil. Os números representam um prejuízo direto de R$ 4,39 bilhões e danos indiretos que somaram R$ 11 bilhões. As perdas para todo país representaram R$ 127 bilhões por danos indiretos e R$ 45,9 bilhões de prejuízos diretos.

Considerando o aumento de 36% na média os desastres hidrológicos no país, durante o mesmo período, o estudo aponta perdas expressivas em setor como agropecuária (R$ 24,4 bilhões), serviços (R$ 19,3 bilhões) e indústria (R$ 2,2 bilhões).

Outro dado do levantamento revela que eventos como enchentes, alagamentos e chuvas torrenciais podem impactar negativamente o PIB do Brasil em 0,7%, levar a uma redução nas exportações de até R$ 14,5 bilhões, e perda de arrecadação tributária líquida de até R$ 4,9 bilhões.

“Os prejuízos financeiros decorrentes dos desastres hidrológicos geram efeitos sistêmicos e encadeados entre os setores e os agentes econômicos. É possível mitigar os efeitos das mudanças climáticas por meio de medidas que contenham o avanço do aquecimento global, a exemplo daquelas com a finalidade de redução da emissão de carbono”, diz Flávio Roscoe, presidente da FIEMG.

Danos sociais

O impacto social de eventos climáticos extremos, de acordo com o estudo da FIEMG, também afeta o número de empregos. Durante o mesmo período do estudo, cerca de 32 milhões de pessoas foram impactadas com a perda de emprego pode chegar a 573 mil postos de trabalho, o que se aproxima ao montante de vagas do estado do Piauí, impactando em um prejuízo de R$ 14,2 bilhões em massa salarial.

Além disso, serviços fundamentais podem são interrompidos, como água, luz e esgotamento sanitário. Os montante dos danos patrimoniais chegaram a R$ 17,9 bilhões, entre 2020 e 2023.

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