Por mais que algumas pessoas tentem a todo custo politizar a extração de minério na Serra do Curral em Belo Horizonte e na região metropolitana, a verdade é que no caso da Mina Granja Curumi da Mineração Pau Branco – EMPABRA a fiscalização acontece e é feita com regularidade pelos órgãos do meio ambiente e pela Agência Nacional de Mineração (ANM).
Que toda e qualquer atividade extrativa merece atenção pelos cuidados que envolvem a operação, ninguém pode negar, mas quando uma deputada federal com interesse na próxima eleição municipal produz vídeos de conteúdo apelativo, fazendo afirmações que não se sustentam pela realidade essa suposta atenção se desmoraliza.
Após a determinação da ANM que fosse removida para fora da mina todo o material que estava solto em pilhas de estoques de produtos e o desassoreamento dos sumps, bacias escavadas no solo com a função de conter água provenientes de chuvas e contribuições do lençol freático em uma planta de mineração, a empresa seguindo a determinação para tal remoção, cumpre com todo rigor a tarefa de retirada evitando o carreamento para as bacias e o transbordamento para as nascentes existentes na região, além de impedir que tal efeito cause transtorno para a população dos bairros próximos à área.
Seguindo o que foi determinado, a EMPABRA parte agora para a apresentação do plano de fechamento da mina, com a transformação daquela área em um corredor ecológico que conectará o Parque das Mangabeiras com o Parque da Baleia, que após concluída servirá de modelo de responsabilidade ambiental.
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) em nota garante que mesmo após a interdição das atividades da empresa mineradora, provocada pela ação inconsequente da deputada candidata, a fiscalização feita no local das supostas denuncias não encontrou nenhum indício de extração de minério no local.
Em vídeo gravado do lado externo da mina a pré-candidata acusa a empresa de extração de minério o que os documentos comprobatórios de fiscalização desmentem.
Ainda de acordo com a SEMAD as fiscalizações realizadas na mina não constataram nenhuma atividade fora do escopo do autorizado pela ANM. Em duas fiscalizações anteriores, de novembro de 2023 e fevereiro de 2024, ficou comprovado que a empresa realiza no local a retirada de fino de minério dispostos em pilhas em conformidade com o determinado pela ANM.
Entre tantas informações prestadas a essa coluna pela SEMAD há o alerta da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) sobre os riscos de atividade irregular e informou que qualquer ação emergencial visando prevenir impactos ambientais deveriam ser adotadas de imediato pelo responsável baseado em Nota Técnica ANM. inclusive no que se refere à proteção do patrimônio cultural, tendo em vista as discussões que envolvem o tombamento da Serra do Curral no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o que é observado pela EMPABRA.
Após assistir aos vídeos da deputada candidata fica a impressão de que se a atividade minerária deve ser acompanhada de perto pela sociedade, a emissão de opiniões por parte de quem tem a função de legislar em benefício dessa mesma sociedade deve ser por ela avaliada para futuras escolhas nas urnas.