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Imagem: 98 Live/Youtube

Gabriel Azevedo defende casas de passagem para pessoas em situação de rua

Candidato do MDB à Prefeitura de BH foi entrevistado nesta segunda-feira no Central 98


Por Redação

Um dos grandes desafios do próximo prefeito de Belo Horizonte será o cuidado da população em situação de rua, que cresce a cada ano na capital. Para isso, Gabriel Azevedo, candidato do MDB, pretende substituir os abrigos pelas chamadas casas de passagem. Ele falou sobre a proposta nesta segunda-feira (16), na "BH que Queremos", uma série de sabatinas da 98 com os candidatos à PBH.

"O abrigo é um grande galpão com várias beliches e muita gente dormindo no mesmo lugar. O que eu defendo são as casas de passagem. Há uma diferença substancial, porque as casas de passagem pegam, por exemplo, antigos hotéis que estavam vazios, sem uso", disse o candidato. 

A proposta, segundo Gabriel, é dividir as camas para as pessoas em situação de rua entre os quartos. "A pessoa chega agora à tarde, recebe toalha, escova de dente, vai jantar, vai tomar café da manhã e depois sai", detalhou. Para isso, o plano do candidato é que sejam utilizados os espaços abandonados da capital para propor parcerias à construção civil.

Como vai funcionar? 

"Ali na Praça Rio Branco eu tenho um prédio vazio, que foi feito para ser um hotel nos anos 70, e está vazio. E do lado você tem um terreno com um equipamento de um pavimento meio abandonado. Alô construtor, você vai poder fazer aqui do lado um edifício residencial de 50, 60 pavimentos. Agora, para compensar, você requalifica esse hotel e vai manter ele para a questão da pessoa em situação de rua", explicou o candidato. 

Ainda segundo Gabriel, a ideia é que as pessoas em situação de rua que serão atendidas nas casas de passagem também consigam ser empregadas nos projetos de construção civil das proximidades: "Eu vou atrapalhar o quarteirão, uma obra local, o espaço vazio e fazer essa roda girar para a gente ir colocando essas pessoas com dignidade, mas também fazendo trabalhar".

'Projeto por projeto'

Outra proposta do candidato do MDB com relação à situação habitacional em Belo Horizonte é um mutirão de regularização fundiária. O projeto pretende solucionar os problemas dos moradores que vivem em terrenos irregulares.

"Pega por exemplo o Aglomerado Santa Lúcia. De um lado, você tem ali construções feitas como todo o suor do rosto de uma classe que trabalha muito, mas não conseguiu comprar, não conseguiu um terreno regularizado. Ao mesmo tempo, do outro lado, você tem um bairro de luxo. Qual é a diferença de um lugar para o outro? A diferença é que a prefeitura não atuou para regularizar", defendeu o candidato. 

A proposta, então, é substituir casas e barracos em situação irregular por edifícios que serão vizinhos de conjuntos habitacionais. "Hoje, tudo que a Prefeitura de Belo Horizonte faz para a habitação depende de um pires na mão do governo federal", argumentou Gabriel.

"Não tem uma obra nessa cidade que utiliza a capacidade inventiva de sentar com a construção civil em BH e falar 'olha, vamos ampliar a quantidade de prédios, residências e oferta. Mas, ao mesmo tempo, tem contrapartida real'. Não numa outorga que vai para o caixa da prefeitura. Projeto por projeto. Assim a gente zera o déficit habitacional", defendeu o candidato.

Assista a entrevista na íntegra abaixo:

BH que Queremos

A 98 realiza, até 17 de setembro, a série de sabatinas BH Que Queremos com os candidatos à prefeitura de Belo Horizonte. A ideia é que todos tenham a oportunidade de compartilhar propostas e soluções em saúde, educação, mobilidade e cultura para a capital mineira.

As sabatinas vão ao ar às 11h, no Central 98 2ª edição. Confira a agenda de sabatinas da 98:

Terça-feira, 17 de setembro - Duda Salabert (PDT)

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