Pelo quarto ano seguido, Minas Gerais registrou superávit nas contas públicas. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29), o governador Romeu Zema, junto dos secretários de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Luísa Barreto, de Fazenda (SEF), Luiz Cláudio Gomes, e de Governo (Segov), Gustavo Valadares, apresentou os resultados fiscais de 2024.
Segundo os dados do governo, o superávit em 2024 foi de R$ 5,179 bilhões, sendo o maior número desde o início do Governo Zema. Em 2023, por exemplo, o balanço fiscal ficou em R$ 299 milhões positivos.
De acordo com a secretária da Seplag, Luísa Barreto, os pactos de Mariana e Brumadinho foram fundamentais para o balanço deste ano, correspondendo com cerca de R$ 1,5 bilhão, ou aproximadamente 30% do superávit.
Segundo o balanço do governo, o equilíbrio fiscal possibilitou o aumento no investimento nas políticas públicas, como educação, saúde e infraestrutura.
"Esse equilíbrio fiscal, quem acompanha os números sabe muito bem que tem proporcionado investimentos recordes, principalmente na saúde e na educação. Os investimentos nessas duas áreas e também na infraestrutura muito mais do que dobraram na nossa gestão, um número que vai muito além da inflação", afirmou Romeu Zema.
Críticas ao Propag
Apesar do superávit, um ponto que preocupa o governo estadual e mais uma vez foi alvo de críticas, foi o Propag. Romeu Zema voltou a defender a necessidade de derrubar os vetos do presidente Lula para que o plano de recuperação fiscal seja viável ao estado.
Nesse sentido, o secretário de Governo, Gustavo Valadares afirmou que já existe uma mobilização para iniciar reuniões a partir da semana que vem com deputados para que os vetos sejam derrubados. Como destaca o secretário de Fazenda, Luiz Cláudio Gomes, caso isso não aconteça, as contas públicas mineiras podem ser afetadas em até R$ 1,2 bilhão apenas em 2025.
"No ano de 2025, com o regime de recuperação fiscal nós vamos ter um despenho de R$ 5,2 bilhões no pagamento à União. No âmbito do Propag, com os vetos, esse valor aumenta em R$ 1,2 bilhão só em 2025. Então, sim, é um valor muito considerável pro estado que nesse momento passa por recuperação", disse o secretário.
