A instalação de um dispositivo que controla o nível de água da Barragem do Parque Lagoa do Nado, na Região Norte de Belo Horizonte, é a principal suspeita para as causas do rompimento da estrutura. O equipamento foi removido, mas acabou sendo instalado novamente. A prefeitura abriu uma investigação para apurar o caso.
A suspeita é que esse equipamento tenha reduzido a vazão da água. A apuração está sendo feita por uma comissão especial composta por engenheiros civis e geóloga – todos profissionais vinculados à Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi).
“A comissão terá cinco dias para apresentar um relatório técnico preliminar com base nas avaliações e documentos, especialmente à luz do Relatório de Inspeção de Segurança Regular (ISR), que aponta uma condição de aparente normalidade da estrutura”, explicou a prefeitura.
O Executivo Municipal informou que já providenciou a contratação do Relatório de Encerramento de Emergência (REE) e do Laudo Técnico de Ruptura.
O reservatório rompeu no último dia 13 durante um temporal na cidade. Devido ao colapso, mais de 60 milhões de litros de água vazaram e atingiram a Avenida Pedro I, que chegou a ter o trânsito interditado. Foram resgatados na área verde mais de 600 animais, sendo 459 peixes de diferentes espécies e 154 cágados e tartarugas.
Vistoria
Integrantes da Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana da Câmara Municipal de Belo Horizonte vão fazer, nesta segunda-feira, uma vistoria na barragem.
Os vereadores pretendem, ao visitar o local, avaliar a situação do equipamento, os impactos ambientais e apurar as responsabilidades do rompimento.