A Polícia Militar prendeu, na manhã desta quarta-feira (23/10), Alessandro Pereira de Oliveira, pelo crime de racismo em um vídeo publicado nas redes sociais.
O homem de 26 anos, que trabalhava como garçom em um bar da região da Pampulha, em Belo Horizonte, criticou a Lei Áurea e disse que “preto tem que entrar no chicote e no tronco mesmo, tem conversa não”.
"É, rapaz. Trabalhar em bar não é fácil, não. Tem que aturar cada uma. Maldita Princesa Isabel, que assinou aquela Lei Áurea para acabar com a escravidão. Preto tem que entrar no chicote e no tronco mesmo, tem conversa não. Ai, ai... [...]. Vê se preto tem razão pra reclamar de p* de copo. Tem que tomar água do vaso essa desgraça”, diz ele em um trecho do vídeo.
A major Layla Brunella, porta-voz da Polícia Militar, disse que houve um trabalho na diretoria de Inteligência, junto com o 13º Batalhão, para localizar e prender o homem. Mais informações serão repassadas durante coletiva de imprensa durante a tarde.
O caso é investigado pela Polícia Civil. Ele já foi preso quatro vezes e estava foragido após não retornar de uma “saidinha” em 26 de março deste ano.
Racismo é crime
No Brasil, é considerado crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. A pena para crimes desta natureza é de um a três anos de prisão, além de multa.
Em 2023, foi sancionada a Lei nº 14.532, que equipara o crime de injúria racial ao de racismo. A partir de então, atos de racismo cometidos contra um grupo de pessoas ou contra um indivíduo devem ser punidos da mesma maneira.