O reflexo das incertezas econômicas da semana veio nesta sexta-feira (01/10), com a alta histórica do dólar, que fechou o dia a R$ 5,87, o maior nível desde maio de 2020, quando bateu R$ 5,90. A bolsa de valores caiu pela quarta vez consecutiva e ficou abaixo de 130 mil pontos, o menor patamar desde 7 de agosto.
Tanto fatores domésticos como internacionais contribuíram para o mal-estar do mercado nesta sexta-feira. No Brasil, o dólar e a bolsa foram pressionados pela viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa na próxima semana, o que adiará o pacote de revisão de gastos obrigatórios. Os investidores consideram urgente o envio das medidas ao Congresso.
No mercado externo, o dia começou com alívio, após a divulgação de que a economia norte-americana criou apenas 12 mil empregos no mês passado, abaixo da previsão de 100 mil postos. Em tese, isso estimularia uma redução maior de juros nos Estados Unidos, mas a queda nas vagas deveu-se a greves nos portos e a dois furacões que atingiram o país em outubro, sem relação com o aquecimento econômico norte-americano.
Além disso, as tensões eleitorais nos Estados Unidos voltaram a pressionar o mercado financeiro em todo o planeta.