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Imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil

'Flutuação do câmbio é um movimento especulativo', diz Haddad sobre alta recorde do dólar

Dólar dispara e bate R$ 6,26; ministro afirmou que o câmbio deve se acomodar


Por Marcelle Fernandes

Apesar do recorde histórico que o dólar bateu nesta quarta-feira (18/12), e do clima de incerteza que ronda o mercado financeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a taxa de câmbio deve se acomodar mais à frente, e que os motivos da flutuação da moeda americana são especulativos.

Após o banco central norte-americano cortar a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto, em um intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, o dólar bateu recorde de R$ 6,26 nesta quarta-feira (18/12). Com o desempenho de hoje, a moeda acumula alta de 2,82% em dezembro. A bolsa caiu mais de 3% e atingiu o menor nível desde o fim de junho.

"As principais instituições financeiras têm estimativas melhores para a economia que as dos operadores de mercado. Nós temos um câmbio flutuante e, neste momento em que as coisas estão pendentes, tem um clima de incerteza que faz o dólar oscilar. Mas eu acredito que ele vai se acomodar”, afirmou Haddad ao sair do ministério para reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Mais cedo, o ministro lembrou que o Banco Central tem intervindo para vender dólares e que o Tesouro Nacional suspendeu os leilões tradicionais de títulos da dívida pública para fazer leilões de troca e recompra de papéis até sexta-feira (20/12).

Com o mercado de câmbio já fechado, o BC anunciou que vai realizar nesta quinta-feira (19/12) leilão de venda de dólares à vista com oferta de US$ 3 bilhões.

Pacote fiscal

Sobre a votação do pacote de corte de gastos obrigatórios que está no Congresso, Haddad destacou que o projeto tem que ser votado ainda esta semana para permitir que o Orçamento de 2025 seja votado até o final do ano. Isso porque uma das propostas centrais prevê mudanças na política de reajuste do salário mínimo, estabelecendo uma alta real (acima da inflação) de 0,6% a 2,5% ao ano.

Ontem à noite, a Câmara aprovou a primeira parte do pacote fiscal enviado pelo governo. Trata-se do projeto de lei complementar que estabelece gatilhos para o arcabouço fiscal, e prevê o bloqueio de emendas em determinados casos. Uma das medidas propostas pela equipe econômica caiu: a que limitava a restituição de créditos tributários pelas empresas. O Congresso ainda tem que apreciar mais dois textos - um projeto de lei e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

O projeto de lei segue ainda para o Senado, que precisa apreciar as propostas antes de recesso parlamentar, no dia 23.

*Com informações da Agência Brasil

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