No meio do ano, fomos surpreendidos com a noticia de que a Prefeitura investiria cerca de R$ 30 milhões em pesquisas por uma vacina mineira contra o Coronavirus. Naquele momento, a única coisa que me passou pela cabeça foram as enchentes que dominam a cidade em janeiro e que cuja solução envolve investimentos que não foram feitos apesar das promessas de campanha.
Pois bem, passados seis meses, eis o que temos: as enchentes começaram afetando grande parte dos munícipes, em especial os mais pobres, que moram em locais precários ao passo que a tal vacina mineira já demandou mais R$ 3 milhões dos impostos dos belo horizontinos e previsão adiada para 2023.
Nesse ponto, fica a pergunta: Será que o município não deveria focar em problemas mais urgentes e de sua responsabilidade exclusiva, como a drenagem pluvial, que traz tragédias e mortes anualmente, deixando as vacinas para o Governo Federal que, diga-se de passagem, após um início conturbado, agora já disponibiliza vacinas em grandes quantidades, alcançando dois terços da população com protocolo vacinal completo?
A verdade é que BH é a cidade do marketing e, enquanto as obras de drenagem pluvial forem debaixo da terra, onde ninguém vê, e o pobre for o mais afetado, nada será feito.