As eleições de 2024 consolidaram o que muitos liberais já previam: a esquerda praticamente desapareceu do cenário político brasileiro. Após anos dominando parte das discussões, o espaço para ideologias radicais foi sendo progressivamente reduzido, e o novo embate que se desenha é entre a direita e o centro. Essa polarização, que reflete o modelo norte-americano com republicanos à direita e democratas ao centro, deve ser vista com otimismo por quem preza por uma gestão pública mais racional e eficiente.
Como liberal, comemoro essa mudança. A esquerda, ao longo dos anos, trouxe pautas que muitas vezes sacrificavam a responsabilidade fiscal em nome de projetos inviáveis e ideologias ultrapassadas. Por outro lado, mesmo que o centro traga algumas bandeiras historicamente associadas à esquerda, é inegável que sua postura mais moderada e pragmática coloca o debate político em outro patamar.
O centro, por seu compromisso maior com o equilíbrio fiscal e a estabilidade econômica, ainda que muitas vezes falhe em adotar políticas realmente liberais, consegue frear os absurdos que antes permeavam o discurso de uma esquerda sem compromisso com as contas públicas. A presença de partidos de centro mais fortes, que dialogam com pautas progressistas de forma responsável, cria um cenário menos polarizado e mais propício ao avanço do Brasil em termos de crescimento sustentável e reformas estruturais necessárias. É um alívio ver que o debate político amadureceu.