A “PEC do Desemprego” é mais um exemplo clássico de intervenção estatal que promete ajudar o trabalhador, mas que, na prática, gera consequências desastrosas para a economia e para a sociedade. Ao impor uma jornada de trabalho rígida de apenas quatro dias por semana e até 8 horas por dia, essa proposta limita drasticamente a flexibilidade do mercado de trabalho e ignora a realidade das empresas que precisam manter operações contínuas para atender demandas e se manter competitivas. Com essa medida, as empresas enfrentarão um aumento nos custos de operação, precisando contratar mais funcionários ou pagar por horas extras para compensar a redução da jornada.
Esse aumento de custos não será absorvido magicamente. Pelo contrário, ele será repassado aos preços dos produtos e serviços, prejudicando o consumidor e criando um efeito dominó que impactará a economia como um todo. Pequenas e médias empresas, que já operam com margens reduzidas, serão as mais afetadas, e muitas podem não sobreviver a essa nova carga. O resultado? Desemprego em massa. Em vez de promover qualidade de vida, a PEC do Desemprego pode acabar condenando milhares de trabalhadores ao desemprego, com menos vagas disponíveis no mercado e mais competição por postos de trabalho escassos.
A proposta ainda fere a liberdade do trabalhador, ao tirar dele o poder de negociar suas condições de trabalho diretamente com o empregador. Em muitos setores, como o comércio e a indústria, há pessoas que preferem jornadas de trabalho mais intensas em troca de mais dias livres, conforme suas necessidades e conveniências. A PEC, ao determinar uma jornada única, ignora essas preferências e impõe um modelo rígido que trata todos os setores e trabalhadores de forma homogênea, como se não houvesse diversidade nas necessidades.
No final, a PEC do Fim da Escala 6x1 é uma medida populista que desconsidera a complexidade da economia. Ao aumentar o poder estatal para definir unilateralmente as regras de trabalho, cria-se um ambiente hostil para negócios e limita as oportunidades de emprego, transformando o mercado em uma prisão burocrática. Em vez de criar dignidade, ela cria desemprego, menos liberdade e uma economia enfraquecida, prejudicando justamente aqueles que deveria proteger.