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Imagem: Divulgação / Nenel Neto / @baixagastronomia

No ano deles, conheça cinco pêéfes de dar água na boca em BH

Da culinária cubana ao tradicional Kaol, pratos feitos que você não pode deixar de provar na capital dos butecos!


Nenel Neto

Entretenimento

Entusiasta dos botecos, apresentador do Buteco 98 e jornalista do perfil Baixa Gastronomia no Instagram


Conforme prometido na coluna da semana passada, listo aqui cinco pêéfes que eu adoro.

Vale ressaltar que esta não é uma lista dos melhores ou algo do tipo, até porque são muitos os estabelecimentos que servem bons pratos feitos em Belo Horizonte.

De qualquer forma, creio que fiz uma boa escolha. É bom ressaltar que todos os cinco estabelecimentos citados abaixo trabalham com entrega em domicílio, o que indico neste momento em que os casos de Covid-19 vêm aumentando vertiginosamente na capital mineira.

Atenção, e papel e caneta na mão.

Kaol do Café Palhares

É impossível fazer uma lista de pratos feitos em que o kaol do Café Palhares não esteja nela.

Aberto em 1938, o lendário bar e restaurante é um orgulho belo-horizontino, muito graças ao fantástico kaol, prato feito batizado pelo jornalista e compositor Rômulo Paes com as iniciais de cachaça, arroz, ovo e linguiça. Cachaça com K mesmo, para dar mais pompa ao prato.

Originalmente era a comida dos funcionários que trabalhavam no bar de madrugada, ainda na década de 1950. Os clientes começaram a se interessar e os boêmios, frequentemente, pediam uma cachaça como aperitivo para acompanhar o prato.

O kaol do nosso tempo é mais incrementado, e ganhou, com o passar dos anos, a companhia de couve, torresmo, farofa de feijão e molho de tomate.

Este último tem a função de não deixar o prato muito seco. São cinco opções de carne. 

Além da excelente linguiça de porco, produzida diariamente no próprio restaurante, há os pratos com língua, dobradinha, carne cozida e pernil. O cliente tem a opção de pagar um valor a mais e receber o seu kaol com dois tipos de carne.

Com mais de 80 anos de história, o Café Palhares resistiu a todos os modismos astronômicos com uma dignidade que merece aplausos.

Endereço: Rua dos Tupinambás, 638 – Centro.

Como pedir: Aplicativo Ifood.

Instagram: @cafepalhares

(Rochedão do Bolão - uma montanha de sabores a ser conquistada - foto: Nenel Neto)

Rochedão do Bolão

No Bolão foi criado, no início dos anos 1980, o rochedão, pêéfe mais icônico de Belo Horizonte, juntamente com o kaol, do Café Palhares.

O prato feito é composto pela brasileiríssima combinação de arroz, feijão, batata frita, ovo estalado e uma carne à escolha.

Os mais tradicionais são os com bife de boi, seja acebolado ou na versão à milanesa. A carne cheia (lagarto recheado) também é tentadora.

Pode-se, ainda, trocar as fritas pelo espaguete à bolonhesa que fez a fama do lugar, tanto que muita gente ainda chama o Bolão de “o Rei do Espaguete”.

Se a fome for grande, vale a pena pedir o rochedão especial, onde as batatas fritas convivem pacificamente com o macarrão.

Vale destacar que as fritas são de verdade, e não daquelas industrializadas pré-congeladas que tomaram de assalto os cardápios de bares e restaurantes da cidade.

Muito do sucesso do rochedão deve-se aos taxistas, que paravam no restaurante para comer na madrugada e faziam o boca a boca pela cidade.

Endereço: Rua Adamina, 104 - Santa Tereza.

Como pedir: Aplicativo próprio, site próprio ( www.bolaosantatereza.com.br ), pelo Ifood e pelo telefone, à moda antiga.

Instagram: @bolaosantatereza

(Moros y cristianos: arroz e feijão à moda cubana - novos sabores da Ilha de Castro, direto de BH | foto: @paladarcubano)

Moros y cristianos e tostones do Paladar do Cubano

A colorida culinária cubana é representada em Belo Horizonte por Julio Diaz Escalona, chef de cozinha que abriu, em setembro de 2020, o restaurante Paladar do Cubano.

Julio trouxe de seu país a autêntica comida cubana, com os ingredientes e modos de fazer tradicionais.

Os pêéfes são servidos com delícias da ilha, como moros y cristianos (arroz cozido junto com feijão preto e especiarias), tostones (banana da terra frita), ropa vieja (carne de boi desfiada com pimentões coloridos e azeitonas) e por aí vai.

Uma oportunidade incrível para conhecer novos sabores.

Endereço: Rua Conde de Linhares, 926 – Coração de Jesus.

Como pedir: Aplicativo Ifood.

Instagram: @paladardocubano

(Mexidão do Mineirinho 1 - molhadinho e com um ovo por cima, como deve ser! | foto: @baixagastronomia)

Mexidão do Restaurante Mineirinho 1

Neste restaurante simples e com pegada popular, os pêéfes chegam em simpáticas travessinhas de alumínio.

A comida é gostosa e os preços são módicos.

A grande pedida é o mexidão, daqueles “molhadinhos”, preparado com arroz, feijão, carne de panela desfiada, pedaços de bacon e ovo frito. É delicioso.

Outra boa opção é o feijão tropeiro com um baita bifão de frango à milanesa. 

O Restaurante Mineirinho 1 existe desde 1986.

Endereço: Rua Espírito Santo, 310 – Centro.

Como pedir: Entrega própria grátis no raio de 1km ao redor do restaurante (3245-1236). Está também nos aplicativos Ifood e Rappi.

Instagram: @restaurantemineirinho1

(Bifê a rolê + maionese de batata — o Maurício alcançou o Valhalla dos pêéfes com essa combinação! | foto: @baixagastronomia)

Bife rolê com maionese de batata e farofa do Maurício

Um dos restaurantes mais famosos de Belo Horizonte é o do Maurício, que fica no bairro Funcionários, colado na Savassi.

Muita, mas muita gente já passou por ali. Sejam pessoas da vizinhança, dos escritórios da região ou fãs da comida do restaurante, que funciona desde 1979. No imóvel atual está há 31 anos.

Às segundas e quintas, o pêéfe é escalado com arroz, feijão, salada de alface e tomate, bife acebolado e batata frita. Terça é dia de arroz, feijão, salada, purê de batatas e carne cozida ou bife de porco acebolado. Na sexta tem feijão tropeiro, acompanhado de arroz, couve, ovo frito e linguiça.

Todos são excelentes. Mas o meu preferido é o da quarta-feira, com arroz, feijão, bife rolê – que pode ser trocado por filé de frango -, maionese de batatas e farofinha de ovos.

Em virtude da pandemia, o restaurante colocou mesinhas na rua, já que o imóvel é bem apertadinho.

De qualquer forma, indico no momento o sistema de entrega em domicílio ou a retirada da marmita para comer em casa ou no escritório.

Vocês não vão se arrepender, pois é comida caseira que conforta a alma.

Endereço: Rua Paraíba, 1064 – Funcionários.

Como pedir: Aplicativo Ifood.

Instagram: @mauriciosavassi

É isso, turma. Agora, espero a lista de vocês.

Um abraço!

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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