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Imagem: Divulgação/Al Nassr

A loucura Saudita vai chegar ao Brasil e pode ser o começo de um novo êxodo

Grandes clubes europeus já estão sofrendo com o dinheiro infinito dos árabes e o foco pode se virar a qualquer momento para o nosso Campeonato


Vinícius Grissi

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Comentarista Esportivo


Já não é surpresa para ninguém que acompanha o futebol mundial, que a Liga da Arabia Saudita chegou chegando. Com dinheiro "infinito" e uma causa pra lá de questionável, o futebol saudita precisa ser levado a sério. O impacto chegou rapidamente aos grandes clubes da Europa com transferências gigantescas de jogadores ainda com mercado para atuar entre os melhores do mundo. A qualquer momento, mercados secundários devem entrar na mira. Vai chegar a hora do Brasil.

Quem não se lembra do movimento no futebol chinês entre 2013 e 2017? Naquela época, no entanto, os asiáticos optaram por iniciar os gastos em jogadores de mercados menos badalados e apontaram rapidamente para o Brasil. Muitos dos principais jogadores do país acabaram deixando os nossos clubes para viver a aventura de jogar em uma Liga de pouca visibilidade em troca de muitos milhões de dólares. Os atletas da China não eram os melhores mas estavam entre os mais bem pagos do mundo. Quando a ideia dos principais clubes do país era começar a atacar os principais jogadores do planeta, o governo interviu criando um imposto especial e ainda veio a pandemia, freando os investimentos. O mercado chinês virou um oásis de bons reforços para as equipes do Brasil. Hulk, no Atlético, é um dos principais exemplos.

Até aqui, o movimento árabe mal nos atingiu. Luís Castro, líder do Campeonato Brasileiro pelo Botafogo, deixou o clube para treinar o Al Nassr, de Cristiano Ronaldo. Desde a sua chegada, já surgiram notícias de interesse por Gustavo Gomez, Arrascaeta e Pedro por lá. A verdade é que enquanto a janela europeia segue aberta, os árabes ainda estão com olhos voltados para os principais jogadores do planeta. A qualquer momento os nossos principais jogadores virarão a bola da vez.

E provavelmente, assim como aconteceu no movimento chinês da década passada, será impossível competir. Os jogadores mais bem pagos do Brasil hoje ganham pouco mais de um milhão de reais por mês. Um excelente salário, mas que se transformado em euros e colocado na realidade que se apresenta para as equipes árabes vira dinheiro de troco. Tem sido absolutamente comum ler notícias sobre salários na casa de 30, 40 ou 50 milhões de euros por temporada, o que convertido em reais daria mais de dez vezes o que as nossas estrelas recebem por aqui.

Moeda fraca e liga pouco consolidada. Muitos jogadores que já não tem tanta esperança no sonho europeu, uma vez que os principais clubes do mundo buscam os reforços cada vez mais jovens por aqui. Um novo êxodo está por vir e pode atingir em cheio a reta final do Campeonato Brasileiro.

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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