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Imagem: Marcello Oliveira / Arquivo Pessoal

Volkswagen Saveiro chega aos 42 anos de vida com adaptações para tentar esconder a idade

Picape é o segundo veículo de mais tempo de produção no Brasil e chegou na linha 2024 com um tapa no visual para continuar firme no mercado até sua aposentadoria


Marcello Oliveira

Notícias

Jornalista automotivo, com passagens pelo Portal Vrum, programa Vrum e revista Quatro Rodas


Ser um dos carros mais antigos ainda em produção no Brasil não é tarefa fácil, mesmo que este tenha boa fama no mercado. A Saveiro passa pelo processo de manutenção de seus atributos construídos desde setembro de 1982, quando foi lançada. A picape nada mais era do que um Gol de caçamba, mas conquistou o Brasil com pela confiabilidade mecânica e pela durabilidade. Na última geração, lançada em 2014, ganhou espaço na garagem de quem queria um carro “cool”, graças à versão “Cross”, que saiu de linha neste ano para lançar a “Extreme”, foco do texto de hoje. 

A Saveiro Extreme passou por um facelift para abandonar a frente de Gol. A maior mudança está mesmo na dianteira, que ficou com um “quê” de Nivus, mas os faróis ainda são de lâmpadas comuns, sem Led. 

Ao volante 

A Saveiro 2024 segue com aquela receita de bolo tradicional: sem muitas firulas, sem grandes novidades, mas algo que todos gostam e aprovam. O motor é o já conhecido EA211, 1.6 16v de 116cv de potência (abastecido com etanol). Não foi dessa vez que ganhou motorização turbo e nem câmbio automático. Por dentro, os comandos são intuitivos, mas o desenho interno e a anatomia dos bancos já deixam claro o peso da idade. 

(Marcello Oliveira / Arquivo Pessoal)

Apesar de ser uma cabine dupla, a Saveiro é duas portas apenas e acredite, tem um entre-eixos 2cm maior do que sua maior rival, a Strada (2,75 x 2,73), que já é quatro portas. Isso prova que a VW não queria gastar muito com um novo projeto de carroceria. 

A cor de lançamento da nova versão foi a cinca moonstone. Essa cor de cimento não me agrada, mas percebi nas ruas que  agrada em cheio o publico em geral. As rodas de 15 polegadas e acabamento diamantado são de aro 15 polegadas, pequenas demais para o porte da picape. Poderia ao menos fazer como a Fiat, que oferece uma roda tamanho 16 polegadas

(Marcello Oliveira / Arquivo Pessoal)

Consumo

Nossa experiência com o utilitário leve foi em Belo Horizonte e arredores rodando apenas com etanol e ar condicionado ligado durante todo o período. A Saveiro fez 7,3 km/l de etanol no trânsito 100% urbano e 10,4 km/l do mesmo combustível no trajeto misto estrada/cidade. 

A Saveiro Extreme tem uma lista de equipamentos razoável, que inclui controles de tração e estabilidade, banco do motorista com regulagem de altura, protetor de caçamba, barras no teto, iluminação na caçamba. Para os passageiros que vão atrás, há abertura basculante das janelas. A picape é homologada para cinco pessoas, mas muito difícil levar esse número na prática. No banco traseiro apenas duas pessoas vão bem, de preferência que sejam crianças.

(Marcello Oliveira / Arquivo Pessoal)

A versão Extreme conta ainda com espelhos retrovisores externos  com capa em preto brilhante, rodas de liga leve de 15" com acabamento diamantado, central multimídia com tela de 6,5" com Android Auto e Apple Car Play, volante multifuncional revestido em couro com regulagem de altura e profundidade, bancos em couro, monitor de pressão dos pneus, 4 alto-falantes e 2 tweeters e pedaleiras esportivas.

O único opcional da Saveiro Extreme 2024 é o Pacote Tech, que custa R$ 2.160 e adiciona controle de descida com função off-road, controle de cruzeiro, retrovisor interno fotocrômico, acendimento automático de faróis e sensor de chuva. O controle de descida é uma verdadeira mão na roda não apenas no fora de estrada como na cidade também. No nosso teste, foi amplamente utilizado nas ladeiras da histórica cidade de Sabará. 

Preço

Completa, a Saveiro esbarra nos R$ 117 mil.

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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