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Imagem: CRUZEIRO/DIVULGAÇÃO

Luxemburgo chega para fazer o simples no Cruzeiro

Técnico de 69 anos aceitou a missão de tentar salvar a Raposa na Série B


Leandro Cabido

Esporte

Comentarista Esportivo


Em qualquer outro momento da história do Cruzeiro pós-2004, eu provavelmente seria contra o retorno de Vanderlei Luxemburgo. Aliás, eu fui veementemente crítico no seu retorno ao clube em 2015. 

Seis anos depois, o técnico que foi campeão da Tríplice Coroa está de volta para, talvez, um dos seus trabalhos mais desafiadores.

Com 69 anos, Luxemburgo vai encontrar na Toca da Raposa II situações bem distantes daquele momento glorioso que ele viu a partir do segundo semestre de 2002, quando assumiu o cargo de técnico da equipe. Salários em dia - inclusive, uma de suas exigências para poder comandar o atual grupo - era algo que fazia parte da rotina do Cruzeiro Esporte Clube. Estar na Série B então, era um pesadelo que nem os mais pessimistas acreditavam na possibilidade.

Porém, voltando para a realidade azul de 2021, as preocupações são bem claras com essa contratação.

A primeira: será que ele terá capacidade de fazer o time praticar um futebol aceitável, tendo em vista o seu histórico recente?

Será que Vanderlei vai conseguir repetir o feito de Luiz Felipe Scolari em manter o time - pasmem - na segunda divisão nacional?

O que sobrou do Cruzeiro foi isso: um planejamento que nunca vem para, no fim, tentar se salvar com antigas lendas que fizeram história em Belo Horizonte. 

O discurso é exatamente o mesmo de 2020, também em um momento de instabilidade: promessas ao treinador, planejamento profissional e moderno, além de outras obrigações que parecem certas para uns, mas que para outros, simplesmente são colocadas de lado.

Dentro de campo, eu não imagino incoerências como vimos nas escalações e lista de relacionados do seu antecessor. Acredito que o time terá um padrão de jogo fazendo o básico. Quanto mais simples e menos surpresas, melhor. Sobre isso, com o histórico que tem, não posso reclamar do Professor. 

No fim, a contratação do multicampeão foi óbvia. Há pelo menos duas semanas se especulava o nome do ex-técnico do Vasco na capital mineira. A expectativa é que ele possa extrair do grupo, ao menos do ponto de vista moral, algo que os inexperientes Mozart e Felipe Conceição não conseguiram. Por mais que existam problemas claros de ordem técnica e tática nos seus últimos projetos, é um bom nome para impor ordem dentro do vestiário.

Luxemburgo merece uma nova oportunidade, assim como o Cruzeiro.

Veremos se no fim desta história teremos um final esperado. E se a Raposa tem uma obrigação - dada a circunstância - é de não cair para a Série C do Brasileirão. 

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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