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Imagem: CRUZEIRO/DIVULGAÇÃO

Torcida é a única capaz de salvar o Cruzeiro

Queda de rendimento do time de Luxemburgo mostra que a salvação pode vir da arquibancada


Leandro Cabido

Esporte

Comentarista Esportivo


Se existe uma salvação para o Cruzeiro, esta, sem dúvida, é a sua torcida. 

E podemos falar aqui de justiça - ou da falta dela, mas a verdade é que não tem para onde correr.

Nos últimos dois anos, mesmo com a paralisação de campeonatos e da presença do torcedor no estádio de futebol, o que se viu foi um apoio incondicional dos cruzeirenses de várias outras maneiras não só para cobrar, mas também para apoiar nas situações mais complicados.

Porém, talvez este seja o momento mais complicado - se alguém ainda duvidava do pior…

Beirando a zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro, a Raposa precisa urgentemente de duas vitórias em cinco confrontos para não cair em um inferno ainda maior, que é a Série C. O que dificulta ainda mais o desafio é o nível do futebol praticado dentro de campo, que tem sido, para dizer o mínimo, asqueroso.

E sim, o time do Vanderlei Luxemburgo é pior do que o de Luiz Felipe Scolari. Nesta altura, na temporada passada, não havia o menor risco de queda.

Hoje não há padrão. Não há ataque. O sistema defensivo sofre constantemente com falhas individuais. 

Luxemburgo chegou melhorando razoavelmente os estragos de Mozart Santos. Resolveu boa parte das deficiências defensivos, e conseguiu o melhor resultado da equipe em duas temporadas: a vitória sobre o Coritiba no Couto Pereira por 3 a 0. 

Contudo, os últimos quatro jogos mostraram que o encanto do treinador passou. Afirmo sem medo de errar que o Cruzeiro foi pior em todos esses jogos, e contra o Remo, do ex-comandante Felipe Conceição, beirou o patético.

Entendo a dose de boa vontade com o técnico campeão da Tríplice Coroa, mas a realidade é bem mais dura e críticas precisam ser feitas.

A impressão que tenho é que o técnico celeste já não sabe mais como resolver os problemas impostos a ele. E pior: a queda de rendimento pode virar uma areia movediça nesta reta final de temporada. Motivação como combustível tem prazo de validade. Sempre.

O aproveitamento do atual técnico é de 50%, e dos último cinco jogos, foi de 33% - o necessário para escapar da queda vexatória. 

Óbvio que a culpa pela queda de rendimento não é apenas do treinador. Já falei neste espaço do quão incompetente é a diretoria do Cruzeiro. Inclusive, a pior de todos os tempos. Um mistura de vaidade e desconhecimento que jogou o clube ainda mais no buraco.

Bom, dito isso, voltamos ao campo de jogo.

O que pode facilitar a conquista de resultados é justamente o maior perigo: os confrontos diretos. Londrina, nesta sexta-feira, no Paraná; Brusque, na próxima semana, no Mineirão; e Vitória, no domingo, dia 14, em Salvador. Vencendo dois destes compromissos, escapa. 

A torcida celeste mostra o seu amor e valor incondicional a todo instante. Mesmo machucada, ela insiste em ajudar - mesmo contrariando alguns de seus princípios. Sem o seu torcedor, o clube acaba.

Contra os catarinenses, com a volta ao Gigante da Pampulha, será a chance do torcedor ser o combustível para o time já que tecnicamente, sozinhos, eles não vão a lugar nenhum. 

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* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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