O Fluminense irá disputar a sua segunda final de Libertadores na história e busca o título inédito. Um time que tem peças importantes no elenco e conta com a regência de Fernando Diniz. Ele pode até não ter revolucionado o jogo, porém é difícil ver um técnico tão convicto em suas ideias, quanto o comandante tricolor. Graças a essa convicção, Diniz vive o seu apogeu.
Finalista da principal competição sul-americana e atual técnico da Seleção Brasileira, o treinador foi do inferno ao céu. Durante toda a sua carreira conviveu com as críticas de comentaristas e com a desconfiança de muitos torcedores. Entre erros e acertos, Diniz evoluiu, porém continua acreditando em suas ideias.
A sua forma de pensar futebol segue intacta. Exemplo disso foi o jogo de volta da semifinal da Libertadores, diante do Internacional, no Beira-Rio. Em desvantagem no placar, o treinador do Fluminense saca o zagueiro Felipe Melo, promove a entrada de Alexsander e traz o volante André para o miolo da zaga. Com isso, o time ganha em volume ofensivo e qualidade na saída de bola. Para muitos, uma proposta ousada, diante de um Inter letal nos contra-ataques.
A ideia “maluca” surtiu efeito. O Fluminense obteve o controle do jogo e conseguiu o empate com o artilheiro Germán Cano. Após o gol, Diniz recoloca um zagueiro de ofício e retorna com o André no meio. Com isso, o time recuperou o controle defensivo e conseguiu a virada através de uma jogada construída pelo próprio volante.
Diniz correu o risco. O Internacional poderia ter sacramentado a classificação através das chances criadas. De certa forma, o Flu ficou exposto. Porém, a convicção do treinador tricolor falou mais alto. Uma virtude que faz dele o melhor técnico brasileiro em atividade. Para finalizar: viva o Dinizismo!