A cantora Liniker desembarcou nesse fim de semana (25 e 26) em Belo Horizonte para dois shows no Be Fly Hall. A cantora teve os ingressos esgotados para a apresentação da sua nova turnê, “Caju”, mesmo nome de seu segundo álbum solo de estúdio, lançado no ano passado.
Antes mesmo do show em BH começar, o público já fazia a festa do lado de fora do BeFly Hall, em filas quilométricas que deram a volta no quarteirão. Durante a apresentação, a plateia acompanhou o repertório em coro, e Liniker interagiu com os fãs do início ao fim. Suas danças e figurinos, que não foram poucos, foram um evento à parte.
A apresentação teve intérpretes de libras durante todo o tempo, e as palmas, quase sempre, eram substituídas por braços em movimentos. Após passar pela capital mineira, o espetáculo ainda visitará Salvador, Aracaju e João Pessoa.
O conceito visual da turnê também vem carregado de história, significado e ancestralidade celebrando a diversidade do povo brasileiro.
'Caju'
“Caju” chegou a todas as plataformas em 19 de agosto. Na semana do lançamento, o disco chegou a estrear na parada global de lançamentos do serviço de streaming Spotify, ocupando a sexta posição.
O espetáculo marca as apresentações da turnê pelo país, que ainda vai passar por Salvador, Aracaju e João Pessoa. Com um repertório recheado de sucessos, como “Caju”, “Tudo”, “Veludo Marrom” e “Popstar”, Liniker também inclui músicas dos seus primeiros trabalhos.
A cantora descreve o álbum como uma manifestação de seus desejos de felicidade e que projetou nele o final feliz que deseja alcançar em sua vida. "Esse disco foi meu ebó, minha macumba, o lugar mais próspero que eu quero chegar na minha vida. Eu mereço e quero alcançar tudo o que escrevi ali".
Quem é Liniker?
Mulher preta, trans, que transborda autenticidade e talento, uma das maiores revelações da música brasileira da atualidade.
Em 2015, ela despontou sua voz poderosa no Brasil com a música “Zero”. A cantora estava ao lado de sua banda, Liniker e os Caramelows, que haviam se unido em uma casa para gravar três faixas. A mulher preta, trans, que transborda autenticidade e talento se tornou uma das maiores revelações da música brasileira da atualidade.
Mas Liniker entrou para a história da música quando se tornou a primeira artista transgênero brasileira a receber um Grammy Latino. A premiação reconheceu o talento da cantora na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira com o álbum “Indigo Borboleta Anil”.
Além disso, em 2023 ela foi oficialmente empossada como membro da Academia Brasileira de Cultura (ABC). Com essa nomeação ela se tornou a primeira artista trans a fazer parte deste prestigiado grupo cultural.