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Imagem: Gil Leonardi/Imprensa MG

O Novo e a estratégia mineira: a aposta em Mateus Simões para 2026

O melhor desempenho da história do Novo na política brasileira pode ser posto à prova nas próximas eleições.


Paulo Leite

Notícias

Sociólogo e jornalista. Colunista dos programas Central 98 e 98 Talks. Apresentador do programa Café com Leite.


Embora o partido Novo demonstre uma determinação firme em consolidar sua influência política em Minas Gerais – um estado estratégico no cenário nacional –, a tarefa da sigla na eleição do vice-governador, Professor Mateus, não será fácil.

Numa tentativa de dar agilidade ao processo e as composições políticas, a legenda decidiu antecipar para a próxima quinta-feira (30/1) a eleição de seus diretórios estaduais. Esse movimento busca acelerar articulações internas e externas, preparando o terreno para os desafios que virão.

A decisão reflete a urgência em alinhar forças e fortalecer a base partidária, garantindo uma estrutura sólida para os próximos embates eleitorais.

Conhecido por sua habilidade como articulador nos bastidores, Simões agora enfrenta o desafio de se consolidar como um líder de destaque, assumindo um papel mais visível e protagonista. Essa transição exige uma mudança significativa: de operador político, responsável por costurar alianças e resolver conflitos internos, para líder sob os holofotes, capaz de captar a atenção e a confiança do eleitorado.

A aposta do Novo – e do governador Romeu Zema – em Simões não é casual. Reflete a confiança em sua capacidade de conduzir o partido em um momento crucial, onde a renovação e a projeção de novas lideranças são essenciais para manter a relevância política. Minas Gerais, com seu peso eleitoral e histórico de influência no cenário nacional, é um campo fértil para testar essa estratégia.

O sucesso desta transição pode definir não apenas o futuro do partido no estado, mas também seu posicionamento no âmbito federal.

A antecipação das eleições dos diretórios estaduais é, portanto, um movimento calculado no alinhamento de forças, fortalecendo a estrutura interna e preparando o partido para a difícil tarefa que é vencer as eleições ao governo estadual.

Para o Novo, trata-se de uma aposta ousada, mas necessária, em um momento em que a política mineira e nacional demandam renovação e protagonismo. O desafio agora é transformar essa estratégia em resultados concretos, tanto nas urnas quanto na construção de uma base sólida de apoio.

A eleição do diretório estadual do partido, com data marcada para a próxima quinta-feira tem chapa única com a permanência de Chistopher Laguna na presidência e com a ida de Frederico Papatella, atual presidente do diretório municipal de BH, como vice.

Com a ida de Fred para a executiva estadual, o diretório do Novo na capital, que tem eleições convocadas para o próximo mês de março e com chapa única, deve ser presidido por Kathleen Garcia, que já compõe a executiva do diretório.

O caminho está traçado, e os holofotes estão sobre Mateus Simões. Resta saber se ele e o Novo conseguirão conquistar espaço para a manutenção do governo mineiro nas mãos do partido. Minas é a joia da coroa do Novo, manter seu brilho é a tarefa a ser realizada.

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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